Fazer a coisa certa!

Fazer a coisa certa!

Fazer a coisa certa, infelizmente, quase nunca é fazer a coisa fácil! Seria ótimo se todas as nossas decisões fossem sempre corretas e ainda agradassem a todos. Mas ninguém pode esperar agradar sempre, pois gostos, ideologias e preconceitos são da natureza humana. E certamente a decisão de fazer a coisa certa encontrará contra ela muitos interesses legítimos ou até mesmo ilegítimos e inconfessáveis. Fazer a coisa certa exige coragem moral!


Assim é com pessoas, assim é com empresas. Estas, mais que as pessoas comuns, transitam por uma multidão de interesses. São fornecedores, consumidores, colaboradores e autoridades públicas, dentre outros, cada uma com seus objetivos e vaidades. Empreender, mesmo que individualmente, é ter consciência diária todos os recifes que se apresentam para a navegação. E ainda há a necessidade de se manter a rota da finalidade do negócio. Cada dia é uma travessia e é preciso chegar ao porto de destino.

E nem sempre a decisão de fazer o certo se apresenta clara. O que é o certo? Quais são as questões morais que a cada decisão se apresentam? Fazer essa pergunta diariamente é importante. Decisões precisam ser tomadas no tempo certo e nem sempre o tempo está a favor de uma análise perfeita. Ainda mais quando se tem dezenas de decisões a serem tomadas todos os dias. Dirigir um negócio não é fácil.


Nesse momento é importante ter acesso a pessoas que possam ver o problema de outro ângulo. Imagine você, no meio de uma tempestade, podendo ligar para alguém na estação espacial e perguntar se tudo vai piorar ou ainda, mais importante, qual a direção seguir. Certamente a tormenta para você é muito diferente da visão que ele tem dela da calma e amplidão do espaço.


Assim, ter contato com aconselhamento profissional sempre é importante. As análises administrativa, financeira, contábil e legal são imprescindíveis, mas a visão de um profissional de conformidade também o é. Nesse aspecto, um aconselhamento vindo de um profissional do direito pode trazer a visão legal e ética do problema. Nem tudo que é legal é moralmente correto, já diziam os antigos romanos, e uma decisão eticamente equivocada pode trazer problemas futuros maiores que aqueles que se pretenda resolver no curto prazo.


A decisão, ao final, sempre será a do administrador. Afinal, é ele quem dirige a empresa e tem a função de sopesar todos os aspectos que forem levantados. Mas o principal é ter uma decisão bem informada que resolva o problema da maneira mais completa, correta e ética possível. Essa é uma lição já muito bem aprendida pelos conselhos de administração das grandes empresas. Entretanto, qualquer empresa deve pensar em trazer para auxiliar seu processo decisório profissionais que possam acrescentar um ponto de vista externo e ético do problema. Aconselhamento empresarial também é compliance.

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